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IMPRENSA | Notícias |

Nota Oficial

Deixem o empresariado falar!

O direito de poder expressar, de forma livre e desimpedida, opiniões e anseios é um marco civilizatório inquestionável, mas que tem tido pouco ou quase nenhum apreço a depender do segmento social de que origina – especialmente quando o assunto envolve o futuro do País e mais ainda quando o empresário ousa fazer ouvir a sua voz.

O empresariado tem sido, ao longo dos últimos anos, figura demonizada pela narrativa ideológica que despreza o seu papel de indutor do desenvolvimento. Além disso, continua a ser alvo preferencial dos Poderes Públicos das três esferas de governo, os quais, dia sim, dia também, impõem a essa parcela significativa da sociedade as mais exóticas obrigações legais, estrangulando a livre iniciativa. A consequência não poderia ser outra: segundo dados recém-divulgados pelo IBGE, o Brasil vivencia o terceiro ano seguido em que há mais empresas fechando suas portas do que abrindo-as ao público.

E como se nada disso fosse suficiente, o empresário agora vem sendo alijado do direito de participar do debate político e de externar suas opiniões e anseios, instantaneamente estigmatizado pelo simples fato de ser empresário.

Tal é, infelizmente, o cenário de várzea em que se encontra o discurso político no Brasil.

Parecem ignorar que o empresário brasileiro é, para além de um ente gerador de renda e oportunidades para todos, um cidadão como qualquer outro, portador dos mesmos direitos consagrados a todos os brasileiros, independentemente de sua origem e trajetória social. Logo, amordaça-lo ou impedi-lo de influir no debate político é um perigoso aceno a regimes em que o delito de opinião, como viés do pensamento democrático, é um ato digno de punição.

A sociedade civil organizada, esteio dos valores morais que necessitam, mais do que nunca, ser fortalecidos para a própria viabilidade da Nação, não pode compactuar com tais atos. A todos é lícito externar suas opiniões sobre o Brasil que ajudam a construir para os próximos anos, para seus filhos e – ora vejam – para seus colaboradores e familiares.

Tudo isso dito, por que marginalizar o empresário? A quem interessa calar os que, com o esforço do trabalho, correndo riscos diariamente e tendo o próprio Poder Público como seu maior empecilho, agem como o verdadeiro motor econômico do País?

Deixem o empresariado falar!

Lidomar Antônio Bison
CDL de Florianópolis

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